Veja os três erros mais comuns e como evitá-los com uma gestão tributária precisa

A maioria dos prejuízos silenciosos nas empresas começa no fiscal. Pode parecer exagero, mas a verdade é que muitas organizações estão pagando mais tributo do que deveriam — e não sabem.

O motivo? Erros simples, operacionais, mas extremamente recorrentes. E quando não identificados a tempo, eles corroem a margem de lucro, geram autuações e impedem o crescimento sustentável da empresa.

A seguir, entenda quais são os três principais pontos de falha e como atuar de forma preventiva.

1. Classificação fiscal incorreta

A classificação fiscal de produtos e serviços é o alicerce da apuração correta. Basta um erro no código NCM, na CST ou na CNAE para que o tributo seja calculado indevidamente, mês após mês.

Esse tipo de falha é mais comum do que se imagina, especialmente em empresas que operam com catálogos amplos ou múltiplos fornecedores. O resultado é a formação de passivo tributário sem que a empresa perceba — até ser autuada ou fazer um levantamento técnico.

2. Apuração automática sem revisão técnica

A digitalização dos processos fiscais trouxe agilidade, mas também criou uma armadilha: confiar cegamente nos sistemas. A parametrização incorreta em ERPs, softwares de apuração ou até planilhas pode gerar recolhimentos indevidos ou omissões.

Sem conferência periódica, o erro persiste e se acumula. Quando identificado, já causou prejuízo relevante. A automação deve ser aliada da estratégia, nunca substituta do olhar técnico.

3. Regime tributário desatualizado

Alterações na estrutura da empresa, crescimento, mudanças no portfólio de produtos ou serviços, novos contratos ou expansão geográfica exigem uma revisão tributária imediata.

No entanto, muitas empresas mantêm o mesmo regime por anos, sem reavaliar sua adequação. Isso pode significar pagamento em excesso, perda de benefícios fiscais e dificuldade de aproveitamento de créditos.

O que fazer?

O caminho é claro: revisar, diagnosticar e estruturar. Um diagnóstico tributário técnico é o ponto de partida para entender o que está sendo pago, como está sendo pago e se existem oportunidades de recuperação ou otimização.

Corrigir esses três pontos não só gera economia direta, mas fortalece o compliance fiscal, evita multas e permite reinvestimento inteligente.

Empresas que tratam o setor tributário como ativo estratégico crescem com mais segurança e previsibilidade. Gestão tributária exige atenção aos detalhes, visão de longo prazo e, acima de tudo, precisão.

Se a sua empresa ainda não passou por essa revisão, esse é o momento de agir.

Suely Pala
Consultora Tributária | Radar Tributário